MESPR - Movimento de Evolução Social, Político e Religioso

MESPR - MOVIMENTO DE EVOLUÇÃO SOCIAL, POLÍTICO E RELIGIOSO

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Como amar seu Deus

Na década de 60 existia uma família em Alagoas muito rica. Fazia parte da elite da cidade. Tradicional e religiosa. Uma das filhas se casou com um pobre. Eles se revoltaram com o casamento. Não respeitaram o seu livre arbítrio, o desejo de escolha da moça. Ela ficou discriminada. Já que não fez o desejo do pai, teria que sofrer como o diabo na cruz. Jesus para Roma é como se fosse o diabo, ele criticou a fé nos deuses romanos, ele criticou a cultura escravista de Roma. Roma dominava o Mundo.

Sem apoio para nada e muitas vezes perseguida psicologicamente foi levando sua vida à trancos e barrancos com seu marido e depois filhos. Hoje com 68 anos, depois de ter passado tantas dificuldades, ainda sofre economicamente e emocionalmente. Sua família fez contato para avisar da doença da mãe. Até na hora de visitar a mãe no hospital foi agredida moralmente. Cobraram da sua participação na despesa do hospital. Sua mãe ficou feliz  em vê-la, mas já com o juízo fraco lhe ofereceu chorando sua comida na desconfiança que estaria passando fome. Tudo que lhe ofereciam para comer deixava a metade falando que era para a filha. Era o peso da sua consciência.

Em outra situação uma família hipnotizada também pela religião se auto condenou pelo sentimento do medo e compaixão. Tudo para os pais, principalmente para a mãe era dor, tristeza e escuridão. Não se fazia nada sem pensar “ai meu Deus!”. A cruz era pesada. Os homens maus. Tudo era absuuurdo.

Os filhos se tornaram depressivos e inseguros devido a tantos cuidados, sem confiança para nada. Foram criados para serem perdedores. E a obrigação de irem para a igreja se ajoelhar e confessar era impecável, se não Deus não protegeria. Mesmo com tudo ao seu alcance: casa, emprego, família, filhos, escola, saúde, o seu Deus não permitia ser feliz.

Numa outra situação uma família de retirantes nordestinos, não tão obcecados pela religião e unidos e confiantes no futuro, chegaram à Santos. Sofreram com a miséria. Moraram em palafitas no mangue. Sentiram o drama do alcoolismo do pai. Depois veio a separação, a ida para São Paulo. Tiveram que lidar com enchentes, perderam seus móveis. Quase morreram afogados enquanto lá no Norte era a seca. Mesmo com tudo isso não desistiram e sempre viram uma luz adiante, e zelaram pelo mais importante – o emocional: o sentimento bom de família. Daí nasceu um presidente.

Trabalhar a fonte do desejo e das emoções nas pessoas é tarefa muito complicada. São energias que se estendem e retrai. São sensíveis e explosivas. Orientar uma comunidade tão heterogênea com uma cifra é pensar que o coração é de pedra – “Amai, quando há tanta injustiça, desrespeito e crueldade”. E, no que dizer do perdão e compaixão.  Muitas famílias alienadas chegam ao ponto de defender o carrasco de um marido mau, ou esposa, ou filhos degenerados, pessoas destruidoras e desgraçadas que jogam o seu veneno contaminando as almas daqueles que convivem. E, mesmo assim são adoradas como na síndrome do seqüestrado, quando a vítima passa a ter pena ou simpatia pelo bandido.

“Almas caridosas têm vindo para espicaçar-lhe o desejo de uma beatitude celestial para cá da morte, aplicando sedativos às suas chagas purulentas, não me animam semelhantes objetivos. Não lhe darei consolações nem conselhos. Grande soma de desprezo pude acumular, felizmente, pela sua vida detestável onde a púrpura disfarça a gangrena. Deus não me deu ainda a funda de David para vencer esse eterno Golias da iniqüidade. Não é porque eu tenha sido aí um santo, que não o fui. Ambientes existem que revoltam, certas individualidades, sem amoldá-las ao seu modo, e, fora do abismo, experimenta-se o receio de uma nova queda”.


A evolução das megeras - http://epoca.globo.com/vida/noticia/2014/06/evolucao-das-bmegerasb.html

MAIS UM FILHO DE DEUS -

         



Um comentário:

  1. Olá Ed, Ótimo trabalho, espero fazer comentarios assim que tiver tempo.

    ResponderExcluir

Será que é vergonha roubar mas não poder levar?
www.lucaslepalemao.spaces.live.com

Consciência

Fora corrupção.Vamos viver, pelo menos, com decência!!! A formação política dos chilenos, como de todos os hispano-americanos do começo do séc. XIX, era algo de uma ineficiência gritante. Quase que sem transição, viram-se esses povos donos de seus destinos, sem preparo para a difícil tarefa de governar. Surgiram à tona todas as AMBIÇÕES.